sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Ética e sociedade:


SERÁ QUE AS PESSOAS ESTÃO MAIS INTOLERANTES?

José Aristides da Silva Gamito

Observando vários noticiários recentes, temos a sensação de que as pessoas da nossa geração estão mais intolerantes. Mas isso não é mera impressão, muitas evidências apontam para a presença forte de um comportamento agressivo e intolerante na sociedade, principalmente, quando se trata de pessoas mais jovens.
Nos últimos meses, acompanhamos notícias como agressão de torcedores a jogadores, linchamento de motoristas por populares, rapazes que agridem moças ao levarem um fora na “balada”. Hoje, as pessoas não suportam ser contrariadas. Muitos preconceitos que a gente imaginava extintos estão cada vez mais fortes no meio social. As minorias sempre sofrem por causa disso.
Será de onde vem esta intolerância? Temos de recordar que até os anos 60 ou mais a família era patriarcal e os valores morais eram garantidos à base da repressão. Com o fim desse modelo de família, muitos quiseram optar pela educação liberal. Mas se esqueceram que toda forma de educação comporta em si a correção. Hoje, enfrentamos uma geração que foi educada sem tapas e sem nunca ouvir um “não”.
Não podemos nunca nos esquecer que o homem é um animal, ele se torna humano pela educação. A gente precisa de limites, de ouvir “não”, de pequenas punições para que aprendamos a viver em sociedade. Muitos pais se deram mal ao deixarem seus filhos à vontade, à mercê de uma educação espontânea.
Não soubemos realizar a transição entre a repressão e a liberdade. Embarcamos no falso ideal de que a liberdade é absoluta, sem limites. Para viver em sociedade nós precisamos saber que temos à nossa frente tanto direitos quanto deveres, esses nos impõem limites para que demos espaço para que o outro também seja livre.
Sociedade intolerante? Certamente é porque existem pessoas sem limites e que pensam ter a verdade absoluta. Elas não toleram as diferenças, as outras opiniões. A nossa sociedade precisar se educar para a compaixão e o respeito à diversidade!

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