RITUAL DA VIDA
A vida é mesmo imensurável.
Não há como medir seu
desenrolar.
Pois tudo nela se faz
vizinho:
A alegria de uma chegada
E a tristeza de uma partida.
Quem destinou seu dia ao
júbilo
Pode encerrá-lo em prantos,
Pois a tragédia é ligeira,
Invasiva e traiçoeira,
Visita o politicamente
correto
E pobre imprudente.
Nem sempre nossos planos
Têm garantia de conclusão,
Mas para que deseja viver sem
ilusão
Deve entregar-se ao ritual da
vida,
No qual gozo e dor se
mistura.
Quem nos fará justiça?
Às vezes há uma sensação de abandono.
Nem sempre há respostas!
O que farei quando a tragédia
me visitar?
Vou renegar a princípio.
Mas pretendo amar meu mau
destino
Como se amasse aquele que
hoje é bom,
Porque não existo sem minha
história!