sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Poesia V

SONETO DE UM SONO TRANQUILO


José Aristides da Silva Gamito


Quando a sombra se estica sobre a serra,
A gente pensa no dia que findou,
Nos milhares de fatos sobre a terra,
Em que a gente fez e em que errou.

Quando a noite envolve a cidade
E o sono ronda nossa presença,
A consciência lamenta as faltas com a verdade
Ou se alivia no bem feito com alegria imensa.

Pois, quando vemos o dia partir
Com a sensação de ter realizado o bem
Não há o que lamentar e nem ressentir.

Não fechar o propósito de um dia
É perder a chance única de fazer acontecer
Talvez o passo decisivo de uma utopia.



Conceição de Ipanema, 2012

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