RASTREAMENTO
DO TERMO MARXISMO NO LIVRO MEIN KAMPF
DE
ADOLF HITLER DE 1925 E 1926
Vinte
trechos nos quais Hitler critica e abomina o marxismo. Como poderia o nazismo
ser de esquerda?
I
Quem sabe se eu algum
dia me teria aprofundado na teoria e na vida do marxismo, se, outrora, eu não tivesse quebrado a cabeça com esse
problema? O que eu, na minha mocidade, conhecia sobre a social democracia era
muito pouco e muito errado.
II
Na idade de dezessete
anos, a palavra marxismo era-me
pouco conhecida, enquanto socialismo e social-democracia pareciam-me concepções
idênticas. Foi preciso, também, nesse caso, que o punho forte do destino me
abrisse os olhos para essa maldita maneira de ludibriar o povo.
III
Só o conhecimento dos
judeus ofereceu-me a chave para a compreensão dos propósitos íntimos e, por
isso, reais da social-democracia. Quem conhece este povo vê cair-se-lhe dos
olhos o véu que impedia descobrir as concepções falsas sobre a finalidade e o
sentido deste partido e, do nevoeiro do palavreado de sua propaganda, de dentes
arreganhados, vê aparecer a caricatura do marxismo.
IV
Nesse tempo, na minha
ingenuidade de jovem, acreditei poder evidenciar os erros da sua doutrina. No
pequeno círculo em que agia, esforçava-me, por todos os meios ao meu alcance,
por convencê-los da perniciosidade dos erros do marxismo e pensava atingir esse objetivo, mas o contrário é o que
acontecia sempre. Parecia que o exame cada vez mais profundo da atuação
deletéria das teorias sociais democráticas nas suas aplicações servia apenas
para tornar ainda mais firmes as decisões dos judeus.
V
À proporção que me
aprofundava no conhecimento da doutrina marxista e me esforçava por ter uma
idéia mais clara das atividades do marxismo,
os próprios acontecimentos se encarregavam de dar uma resposta àquelas dúvidas.
VI
A doutrina judaica do marxismo repele o princípio
aristocrático na natureza. Contra o privilégio eterno do poder e da força do
indivíduo levanta o poder das massas e o peso-morto do número. Nega o valor do
indivíduo, combate a importância das nacionalidades e das raças, anulando assim
na humanidade a razão de sua existência e de sua cultura. Por essa maneira de
encarar o universo, conduziria a humanidade a abandonar qualquer noção de
ordem. E como nesse grande organismo, só o caos poderia resultar da aplicação
desses princípios, a ruína seria o desfecho final para todos os habitantes da
Terra.
VII
A atual Democracia do
ocidente é a precursora do marxismo,
que sem ela seria inconcebível Ela oferece um terreno propicio, no qual
consegue desenvolver-se a epidemia. Na sua expressão externa - o parlamentarismo
- apareceu como um mostrengo "de lama e de fogo", no qual, a pesar
meu, o fogo parece ter-se consumido depressa demais.
VIII
Não sei qual seria hoje
a minha atitude em face do judaísmo, da social-democracia, de tudo o que se
entende por marxismo, por questão
social, etc., se a força do destino, naquele primeiro período de minha vida,
não me tivesse dado um fundamento de opiniões formado pela experiência pessoal.
IX
Fiz também um profundo
estudo das ligações do marxismo com
o judaísmo.
X
No meu íntimo eu estava
descontente com a política externa da Alemanha, o que revelava ao pequeno
circulo que meus conhecidos, bem como com a maneira extremamente leviana, como
me parecia, de tratar-se o problema mais importante que havia na Alemanha
daquela época - o marxismo.
XI
Nos anos de 1913 e 1914
manifestei a opinião, em vários círculos, que, em parte, hoje estão filiados ao
movimento nacional-socialista, de que o problema futuro da nação alemã devia
ser o aniquilamento do marxismo.
XII
O pior era que esse
veneno destruía quase insensivelmente os fundamentos de uma sadia concepção do
Estada e da economia, insensivelmente os fundamentos de uma sadia concepção do
Estada e da economia, sem que os por ele atingidos se apercebessem de que a sua
maneira de agir, as manifestações da sua vontade já eram uma conseqüência
destruidora do marxismo.
XIII
Eu conhecia o bastante
sobre a psicologia das grandes massas para saber que com sentimentalismo
estético não se poderia manter aceso esse ardor cívico. No meu modo de ver, era
rematada loucura não atiçar o fogo dessa paixão. O que eu ainda menos compreendia
é que se procurasse destruir o entusiasmo existente. O que me irritava também
era a atitude que se tomava em relação ao marxismo.
XIV
Foi tolice rematada
identificar o trabalhador alemão com o marxismo,
nos dias de agosto de 1914. O trabalhador alemão tinha-se livrado, justamente
naquela época, desse veneno.
XV
O marxismo, cuja finalidade última é e será sempre a destruição de
todas as nacionalidades não judaicas, teve de verificar com espanto que, nos
dias de julho de 1914, os trabalhadores alemães, já por eles conquistados,
despertaram, e cada dia com mais ardor se apresentavam ao serviço da pátria.
XVI
Por isso é que até
então tinha fracassado a luta contra o marxismo.
XVII
Confiando o destino de
sua guerra ao marxismo à
complacência da democracia burguesa, o chanceler de ferro queria fazer da
ovelha, lobo.
XVIII
Entretanto, tudo isso
era a conseqüência forçada da falta de um princípio geral básico e de grande
poder conquistador que fosse oposto ao marxismo.
XIX
Não obstante, ele
mostra a pequena capacidade de raciocínio dos nossos chamados intelectuais,
quando, justamente nesses círculos, não se compreende que um estado de coisas, o
qual não pode evitar o desenvolvimento de uma calamidade como o marxismo, agora não está mais em
condições de reconquistar o perdido.
XX
A finalidade Intima do marxismo, isto é, a mistificação dos
povos, teria sido atingida. A destruição da economia nacional, em beneficio do
capital internacional, é um fim que foi atingido graças à tolice e à boa fé de
um lado e a uma covardia inominável do outro.