quinta-feira, 16 de junho de 2011


HISTÓRIA DA FILOSOFIA NO BRASIL

QUADRO CRONOLÓGICO
PERÍODO
FILOSOFIA
PENSADORES
SÍNTESE


Século XVI
ao XVIII


Segunda Escolástica Portuguesa
Manoel da Nóbrega, Gomes Carneiro, Nuno Marques Pereira e Souza Nunes, Antônio Vieira.
A filosofia foi introduzida no Brasil pelos colégios jesuítas. Em 1572, começa o ensino da disciplina no Colégio da Bahia. E, em 1580, no Colégio de Olinda.  Portanto, o pensamento é introduzido no final do século. E se caracteriza basicamente pelo tomismo.




1772
 a 1830



Empirismo mitigado
Luiz Antônio Verney, Silvestre Pinheiro Ferreira. Marquês de Pombal (Patrocinador das reformas educacionais que possibilitaram a adoção do empirismo).
Com as reformas do Marquês de Pombal surgiu o empirismo mitigado que era caracterizado por uma visão cientificista. Silvestre Pinheiro Ferreira introduziu no Brasil o empirismo e inaugurou um movimento de reação anti-escolástica, reinterpretando Aristóteles com base no empirismo.





1818
 a 1830




Kantismo e krausismo
Martim Francisco Ribeiro de Andrada, Antônio Ildefonso Ferreira, Diogo Antônio Feijó, Vicente Ferrer Neto Paiva.
A entrada da filosofia kantiana no Brasil se deu pela primeira vez através de Martim Francisco Ribeiro de Andrada (1775-1844) que ministrou aulas sobre Kant em São Paulo. Já o krausismo entrou por meio de Neto Paiva e pretendia a superação do empirismo e defendia o liberalismo moderado. Salientava a participação do espírito no processo cognitivo. No Brasil, tentou se eliminar o sensualismo.


1850
 a 1880

Ecletismo espiritualista
Eduardo Ferreira França, Domingo Gonçalves de Magalhães.
Os ecléticos procuraram dar uma resposta espiritualista ao problema do homem e da liberdade. Eles retomaram o aspecto espiritual negligenciado pelo empirismo.


1840
 a 1870


Tradicionalismo
Romualdo Antônio de Seixas, de Antônio Rangel Torres Bandeira, Pedro Autran da Mata Albuquerque, Braz Florentino Henrique de Souza
Romualdo, arcebispo da Bahia, na década de 40, passou a combater o ecletismo. Propunha o tradicionalismo e defendia a monarquia constitucional. O religioso editou o “Compêndio de Filosofia Elementar”.

1870

Surto de novas ideias
Miguel Lemos, Teixeira Mendes, Pereira Barreto, Tobias Barreto, Sílvio Romero, Clóvis Bevilacqua, Artur Orlando, Fausto Cardoso.
Na década de 70 do século XIX, houve segundo Sílvio Romero um “surto de novas ideias”. Com as transformações sociais e políticas dentro do Império passa predominar no país o espírito crítico.


1870
 a 1930



Positivismo
Miguel Lemos, Teixeira Mendes, Luís Pereira Barreto, Alberto Sales, Pedro Lessa, Paulo Egydio, Ivan Lins, Júlio de Castilhos, Benjamin Constant Botelho de Magalhães.
O positivismo prima pelo cientificismo que se caracteriza como um movimento de exaltação da ciência e de apresentação da mesma à sociedade como indispensável. Então, a idéia de ciência é aplicada a todas as esferas da vida.



1860
 a 1914



Escola de Recife
Tobias Barreto, Sílvio Romero, Artur Orlando.
A Escola de Recife foi iniciada por Tobias Barreto na década de 60 do século XIX. Propõe-se a combater o positivismo, entende a filosofia no sentido neo-kantiano como crítica da ciência. A escola desenvolve o culturalismo, ou seja, a criação humana é vista como objeto filosófico.


1893
a 1923


Castilhismo
Júlio de Castilho, Borges de Medeiros.
Esta teoria política propõe que o poder legislativo não seja autônomo, as leis são elaboradas pelo executivo. A presidência tem direito à reeleição, prima-se por um autoritarismo republicano. A origem do poder é o saber.

1930

Marxismo
Leônidas de Rezende, Hermes Lima, Edgardo de Castro Rabelo, Caio Prado Júnior.
O marxismo teve dois segmentos: O acadêmico e o político. Este foi representado por Caio Prado Júnior.



1930
a 60



Surto tomista
Leonel Franca, Alceu Amoroso Lima, Leonardo Van Acker.
Nesta fase, vários pensadores brasileiros faz conciliações do tomismo com outras filosofias: Alvino Moser (existencialismo), Antônio Joaquim Severino (fenomenologia), Evaldo Pauli (kantismo) e Ireneu Penna (maritainismo). 



A partir da década de 40


Culturalismo
Alcides Bezerra, Djacir Menezes, Miguel Reale.
É uma das mais importantes correntes filosóficas do século XX. É uma corrente herdeira da crítica ao positivismo feita pela Escola de Recife. Esta corrente quebrou o cientificismo vigente no país e centrou seu pensamento sobre o homem e na sua criação (cultura).

A partir
Da década de 60

Socialismo e Projeto imanentista da libertação
Henrique Cláudio de Lima Vaz, Leonardo Boff e Paulo Freire.
A característica desses pensadores é a pobreza e a libertação como temas discussão filosófica e teológica. Próximo a esse grupo destaca-se o marxista Caio Prado Júnior.




Referência bibliográfica:
PAIM, Antônio. A filosofia Brasileira. 1ª edição. Maia: Gráfica Maiadouro, 1991.

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