Vamos
pensar a política em nível municipal?
1.
Os partidos precisam ouvir a população na
hora de selecionar os seus candidatos. Os presidentes dos partidos agem como
donos e montam chapas segundo o interesse de grupos e não do bem comum.
2.
O preenchimento do quadro de candidatos a
vereadores não pode ser por mera exigência legal, precisa incluir pessoas que
tenham competência técnica e ética para se candidatar.
3.
As campanhas eleitorais precisam superar o
amadorismo e deixarem de ser uma corrida desenfreada por votos, onde vale
trapacear, difamar e gerar inimizades.
4.
Em vez de churrascos, cavalgadas e
aniversários, os candidatos deveriam promover debates e reuniões gerais para a
apresentação de programas de governo.
5.
Os eleitores têm de mudar a mentalidade e
não aceitarem ofertas de emprego, dinheiro e favores em troca do voto.
6.
Os serviços públicos não podem ser sabotados
durante o período eleitoral e nem a convivência dentro das igrejas. As campanhas
se fazem fora destes espaços.
7.
Às vésperas das eleições, é preciso superar
aquela vigilância mútua pela compra de votos e acabar com a mania de sujar as
ruas com “santinhos” no dia das eleições.
8.
As comemorações do candidato vitorioso
precisam ser mais respeitosas, menos barulhentas, sem foguetes, sem
provocações. Na democracia não cabe este tipo de comportamento.
9.
Os novos prefeitos têm de parar de fazer “terrorismo”,
pressão psicológica sobre os servidores adversários. Quem vence as eleições não
é dono dos servidores e não têm o direito de fazer revanche por causa de
oposição.
10.
De modo
semelhante, é preciso superar a perseguição política aos servidores e aos
cidadãos adversários com a negação ou a dificultação de direitos e de acesso a
benefícios públicos.
11.
Além
disso, os novos eleitos, além dos cargos de confiança permitidos por lei, não
podem negociar os cargos públicos para os amigos e os eleitores. A coisa
pública tem de ser imparcial, apartidária.
12.
Para
uma política voltada para o bem comum, precisa ser superada a tendência de
burlar processos seletivos para empregar só “companheiros” e manipular
licitações para vender só para os doadores da campanha.
13.
A
população precisa de pensar em política todos os dias e não somente de quatro
em quatro anos, participar dos conselhos, das reuniões da câmara e das decisões
em audiências públicas, sem pensar unicamente nos benefícios de um partido.
14.
Em se
tratando de uma cidade pequena, não vale a pena perder uma amizade por causa de
campanha eleitoral. Teríamos de lançar uma campanha municipal para a superação
disso: “Faça campanha, não faça inimizades”.
Artigo
de José Aristides da Silva Gamito
1 comentários:
Apoiadissimo, tudo que foi dito !!
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