Em
tempos de crise, vamos buscar consolações na filosofia. Epicuro de Samos e
Epicteto são filósofos da antiguidade que podem nos ajudar muito com seus
conselhos morais.
Segundo
Epicteto, “as coisas não inquietam os homens, mas as opiniões sobre as coisas”.
Em tempos de crise, devemos procurar manter uma opinião sobre os fatos que nos
possibilitem encontrar a tranquilidade. A opinião que temos do sofrimento e da
morte torna tudo mais difícil.
As coisas não inquietam os homens, mas as opiniões
sobre as coisas. Por exemplo a morte nada tem de terrível ou também a Sócrates
teria se afigurado assim , m as é a opinião a respeito da morte de que ela é terrível
que é terrível! Então, quando se nos apresentarem entraves ou nos inquietarmos
ou nos afligirmos, jamais consideremos outra coisa a causa, senão nós mesmos
isto é as nossas próprias opiniões.[1]
A
opinião sobre um acontecimento faz toda a diferença. Existem muitas
possibilidades sobre o futuro. Se você escolhe se preocupar com as
possibilidades menos relevantes, comprometerá o cuidado com o momento. Portanto,
procure pensar na possibilidade de que as coisas vão ocorrer bem e esteja firme
para fazer o que é necessário no tempo preserve. O pensamento negativo sobre o
futuro compromete nosso presente. Se superarmos as representações nocivas sobre
os fatos, conseguiremos manter a nossa tranqüilidade.
Com
o pensamento positivo, teremos mais condições de tomar nossos cuidados.De acordo
com Epicuro, a vida feliz depende da prudência.[2]
Ser prudente é prever os futuros danos e se antecipar no cuidado. Muitas vezes,
para termos prazer no futuro, devemos renunciar algumas coisas. A prudência
manda a gente prevenir. Não temos certeza do desenrolar das coisas, mas se
agirmos com cautela, não teremos motivos para arrependimentos.
Sejamos prudentes, sem entrar em pânico! Fique casa. Cuide de sua higiene. Vai passar!
[1] EPICTETO. O Encheirídion de Epicteto.
São Cristóvão: Universidade Federal de Sergipe, 2012, p. 19.
[2]
EPICURO. Carta sobre a Felicidade. São Paulo:
Editora UNESP, 2002. P. 45.
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