LIÇÕES PARA RECORDAR NO INÍCIO
DE UM NOVO ANO
José Aristides da Silva Gamito
Como
sabemos a vida tem ritos, o começo de um ano novo é um deles. Fazemos promessas
de melhorar nossa vida mesmo sabendo que isto não é instantâneo. Quero recordar
aqui algumas lições que deveríamos revisitar no começo de cada ano. Elas são
voltadas para a arte de viver cujo fim é o alcance da felicidade.
Há
ideias diretrizes que deveríamos nos convencer delas e tê-las sempre em mente: 1ª – Mortalidade: Precisamos reconhecer
que vamos morrer. Esta aceitação alivia as consequências desastrosas da nossa
presunção de sermos eternos. Essas consequências são a arrogância, a
prepotência. Muitas pessoas são infelizes porque acham que são ‘divinas’. Estamos sujeito às condições da natureza como
todos os outros seres vivos; 2ª - Verdade: É bom reconhecer que não
sabemos tudo, que a verdade é um processo. Seremos mais abertos à diversidade,
livres para o conhecimento. Aceitaremos o erro e o fracasso com mais humanidade
e humildade.
3ª Sensibilidade: Somos
seres que sentimos. Há sofrimentos na vida e não podemos evitar todos eles e
nenhum sofrimento, nenhum prazer, são totais. Considerar as causas corretas do
sofrimento é também um grande passo para uma vida mais lúcida. Muita gente vive
a atribuindo os seus males a Deus ou ao Diabo. Isso é uma vida inautêntica,
vida de quem foge de suas responsabilidades. Além disso, precisamos perceber que não
sofremos sozinhos, precisamos nos educar para a compaixão (Solidariedade com o
sofrimento alheio).
4ª Relatividade:
Precisamos enxergar a vida através de mais de uma visão, de um caminho. Quanto
mais diversidade, mais enriquecimento e possibilidade de somar. Não estou
falando do extremo desta perspectiva que é o relativismo. Entender a
relatividade da vida é perceber que não há uma só verdade, um só valor, uma só
opção. Principalmente, deve se evitar a ideia de que a vida é redutível. Ela é
inventiva até o fim!
5ª - Finalidade: Não
nascemos com um projeto de vida pronto. As coisas se ajeitam no caminho. A
falta de compreensão da finalidade da vida leva muitos ao otimismo ou a pessimismo.
Não nascemos predestinados. O sentido e a direção da vida são construções
nossas. 6ª - Pertencimento: Refiro-me
à consciência que devemos ter de pertencer ao todo, de estar ligado a um
conjunto (à comunidade, à natureza). O ser humano não vive sozinho, não faz
ciência sozinho, não fabrica produtos sozinho. Quanto maior for esta consciência
mais temos a ganhar, poupamos esforços, seremos mais fortes.
E
por último, a maior ideia diretriz - 7ª -
Felicidade: A finalidade da ação humana é a felicidade. É bom relembrar que
a felicidade não é um lugar e nem há uma única forma de ser feliz. Ela é mais
uma disposição de espírito em superar a relatividade da vida (a alternância
entre dor e prazer), dando-lhe um sentido completo. Este sentido é aquela
satisfação em suspirar e dizer: “Apesar dos pesares, vale a pena viver”. Ser
feliz não é fácil, mas é possível!
Estas
são algumas reflexões que proponho para o ano novo. São sete princípios que
devem ser bem direcionados para termos uma vida mais lúcida, com maior
aproveito das oportunidades. Quero ressaltar que esse elenco de ideias não
compõe uma fórmula da felicidade! São apenas dicas, cada um tem de fazer o seu
caminho! Boa caminhada a todos em 2013!
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