Créditos: CNBB. |
A CNBB emitiu uma mensagem
durante sua 57ª Assembleia Geral realizada de 1º a 10 de maio, em Aparecida
(SP), em que reafirma a posição social e política da Igreja Católica no Brasil.
Na mensagem, o conjunto das teses se contrapõe radicalmente ao projeto bolsonarista.
Vamos analisar um problema exclusivamente da Igreja Católica, mas que deveria
afetar a todas as igrejas cristãs. Veja:
1º -
O “liberalismo exacerbado” que ignora as políticas sociais;
2º -
Medidas de geração de emprego que extingue direitos trabalhistas;
3º -
A criminalização dos defensores dos direitos humanos;
4º -
A mercantilização das terras indígenas e dos quilombolas;
5º
-
A ameaça dos direitos e dos costumes dos povos originários;
6º -
A flexibilização do porte e da posse de armas;
7º -
Reformas que não levam em conta o bem comum.
Este conjunto de valores
está em sintonia com a chama Doutrina Social da Igreja. Leia bem! Doutrina Social
e não socialista! O princípio geral desta doutrina é a opção política por
medidas que busquem o desenvolvimento integral e sustentável dos povos sem
exclusão de identidades e de direitos.
O católico que radicalizou
nas últimas eleições só tem duas opções: ou deixa de ser católico, ou xinga a
CNBB de “comunista”. Não se trata de socialismo ou comunismo, a Doutrina Social
da Igreja, apesar de ser moderna, se inspira nos discursos morais dos
Evangelhos que são mais antigos do que o marxismo. A posição de Jesus na
aplicação da Torah tendia ao
favorecimento dos pobres e dos rejeitos. Não é o marxismo que fornece um corpo
doutrinário para este tipo de catolicismo, mas é o corpo ético dos textos do
Novo Testamento.
Isso quer dizer que para
ser católico precisa ser de esquerda? Não. A opção partidária é pessoal. Os
limites estão no tipo de política praticada pelo segmento seja de direita, seja
de esquerda. Seja qualquer um, se ele ignora esses princípios básicos do
Evangelho, aí realmente ocorrerá uma incompatibilidade entre ser católico e
defender tal projeto político.
Link para a Mensagem da CNBB.
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