sexta-feira, 10 de maio de 2019

SETE PONTOS EM QUE A CNBB SE POSICIONA CONTRA O PROJETO BOLSONARISTA

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Créditos: CNBB.

A CNBB emitiu uma mensagem durante sua 57ª Assembleia Geral realizada de 1º a 10 de maio, em Aparecida (SP), em que reafirma a posição social e política da Igreja Católica no Brasil. Na mensagem, o conjunto das teses se contrapõe radicalmente ao projeto bolsonarista. Vamos analisar um problema exclusivamente da Igreja Católica, mas que deveria afetar a todas as igrejas cristãs. Veja:

- O “liberalismo exacerbado” que ignora as políticas sociais;
- Medidas de geração de emprego que extingue direitos trabalhistas;
- A criminalização dos defensores dos direitos humanos;
- A mercantilização das terras indígenas e dos quilombolas;
- A ameaça dos direitos e dos costumes dos povos originários;
- A flexibilização do porte e da posse de armas;
- Reformas que não levam em conta o bem comum.

Este conjunto de valores está em sintonia com a chama Doutrina Social da Igreja. Leia bem! Doutrina Social e não socialista! O princípio geral desta doutrina é a opção política por medidas que busquem o desenvolvimento integral e sustentável dos povos sem exclusão de identidades e de direitos.
O católico que radicalizou nas últimas eleições só tem duas opções: ou deixa de ser católico, ou xinga a CNBB de “comunista”. Não se trata de socialismo ou comunismo, a Doutrina Social da Igreja, apesar de ser moderna, se inspira nos discursos morais dos Evangelhos que são mais antigos do que o marxismo. A posição de Jesus na aplicação da Torah tendia ao favorecimento dos pobres e dos rejeitos. Não é o marxismo que fornece um corpo doutrinário para este tipo de catolicismo, mas é o corpo ético dos textos do Novo Testamento.
Isso quer dizer que para ser católico precisa ser de esquerda? Não. A opção partidária é pessoal. Os limites estão no tipo de política praticada pelo segmento seja de direita, seja de esquerda. Seja qualquer um, se ele ignora esses princípios básicos do Evangelho, aí realmente ocorrerá uma incompatibilidade entre ser católico e defender tal projeto político.

Link para a Mensagem da CNBB.

quarta-feira, 1 de maio de 2019

Texto para reflexão


QUEM SOMOS NÓS, O HOMO SAPIENS?

Somos 7 bilhões de pessoas no mundo e formamos uma mesma espécie, o Homo Sapiens. Mas apesar de todo o nosso progresso, os nossos grandes inimigos ainda são a fome, a miséria, a criminalidade e a guerra. Existem tantas propostas e formas de utopias desejando um mundo de justiça e de paz, mas ainda não alcançamos nada disso!
E por quê? Somos uma mesma espécie, mas nos encontramos divididos demais. Estamos separados em brancos, negros e amarelos; divididos em ricos e pobres; em católicos, evangélicos, judeus e mulçumanos; em direita e em esquerda; em semeadores do ódio e em cultivadores do amor. Somos uma espécie na qual os indivíduos não se reconhecem. Onde a gente for, cão é cão! Gato é gato! Mas se encontrarmos gente, temos de perguntar se é amigo ou inimigo!
Por que não mudamos o mundo? Porque perdemos tempo demais nos especializando em afirmar a nossa vaidade, a nossa verdade contra a dos outros. Não aceitamos a nossa condição de seres mortais e finitos. Perdemos tempos questionando em vez de amar. Queremos justificar tudo. O tempo passa, a gente se desgasta, as instituições se corrompem, a utopia morre e o mal triunfa!
Somente se superarmos a nossa inútil vaidade de sermos donos da verdade é que podemos tornar este mundo melhor. Como não podemos fazer toda esta tarefa de uma só vez, vamos tirar um tempo para refletirmos, sorrirmos e amarmos! Vamos celebrar o nosso tempo finito e a nossa capacidade de amar em vez de celebrarmos a nossa estupidez!


José Aristides da Silva Gamito
3º Sarau Cultural, Conceição de Ipanema, 30/03/2019.

quinta-feira, 25 de abril de 2019

Uma nota sobre Lv 19


A PROIBIÇÃO VETEROTESTAMENTÁRIA DO USO DE TATUAGENS

The Princess of Ukok has the best preserved ancient tattoos.
Tatuagem da múmia de Ukok (fronteira da Rússia com a Mongólia, China) de 2.500 atrás;
 Os cristãos frequentemente perguntam sobre a proibição veterotestamentária do uso de tatuagens. Em Levítico 19, 28 diz: “Não deveis fazer tatuagem em vós”. A Torá contém inúmeras proibições e todas nascem a partir de uma necessidade ou motivação específica daquele tempo, daquela cultura. A aplicação irrestrita de todas essas normas à sociedade contemporânea pode gerar algum desconforto visto que nem todas são mais compatíveis com a cultura moderna ocidental ou não possuímos mais um contexto adequado para a sua recepção.
Esta aplicabilidade das proibições da Torá terá diversas compreensões. Tudo dependerá da intenção do leitor. As leituras fundamentalistas tenderão em aceitá-las irrestritamente. Porém, as leituras críticas, que levam em consideração a história, a cultura, o tempo, considerarão algumas praticáveis e outras impraticáveis. Se a leitura bíblica for sempre normativa, ignorando o gênero literário e as motivações culturais, tudo será uma questão de transpor tudo daquele tempo para hoje sem nenhuma reflexão.
Por fim, vamos ao ponto específico do Levítico 19. Todo este capítulo trata de normas comportamentais para a identificação do povo de Israel como adorador do deus Yahweh. A insistência do autor é na diferenciação do povo de Israel dos seus vizinhos que adoravam outros deuses. No versículo 28, há a proibição de não aplicar golpes na cabeça por causa dos mortos e nem fazer marcas sobre o corpo. Eram costumes dos povos vizinhos.
Os israelitas estavam localizados entre os cananeus e os egípcios. A lei mosaica procurava diferenciá-los dos povos vizinhos para afirmar a unicidade do deus Yahweh. Segundo descobertas arqueológicas, as tatuagens no Egito eram exclusivas das mulheres. Era sinal de fertilidade, de sorte e de status. Os cananeus faziam tatuagens de seus deuses. Essas tatuagens eram marcas na pele e não pinturas. Marcar ou cortar a pele era uma forma de evocar o poder dos deuses. Era a forma de mostrar a pertença a um deus específico. [1]
No Levítico 19, 28 aparece a palavra קַעֲקַע (qa’aqa) que tem o sentido de “marca, incisão”.[2] Neste sentido, difere muito das tatuagens modernas. Sim. A proibição permanece. Mas o contexto era exclusivo para marcas de pertencimento aos deuses pagãos. Não diz respeito a uma proibição geral das tatuagens. É uma norma específica! Os leitores que insistem na proibição poderão recorrer à teologia paulina do corpo. Mas são textos com motivações diferentes.

quinta-feira, 4 de abril de 2019

O que Hitler pensava sobre o marxismo?


RASTREAMENTO DO TERMO MARXISMO NO LIVRO MEIN KAMPF
DE ADOLF HITLER DE 1925 E 1926


Vinte trechos nos quais Hitler critica e abomina o marxismo. Como poderia o nazismo ser de esquerda?
I
Quem sabe se eu algum dia me teria aprofundado na teoria e na vida do marxismo, se, outrora, eu não tivesse quebrado a cabeça com esse problema? O que eu, na minha mocidade, conhecia sobre a social democracia era muito pouco e muito errado.
II
Na idade de dezessete anos, a palavra marxismo era-me pouco conhecida, enquanto socialismo e social-democracia pareciam-me concepções idênticas. Foi preciso, também, nesse caso, que o punho forte do destino me abrisse os olhos para essa maldita maneira de ludibriar o povo.
III
Só o conhecimento dos judeus ofereceu-me a chave para a compreensão dos propósitos íntimos e, por isso, reais da social-democracia. Quem conhece este povo vê cair-se-lhe dos olhos o véu que impedia descobrir as concepções falsas sobre a finalidade e o sentido deste partido e, do nevoeiro do palavreado de sua propaganda, de dentes arreganhados, vê aparecer a caricatura do marxismo.
IV
Nesse tempo, na minha ingenuidade de jovem, acreditei poder evidenciar os erros da sua doutrina. No pequeno círculo em que agia, esforçava-me, por todos os meios ao meu alcance, por convencê-los da perniciosidade dos erros do marxismo e pensava atingir esse objetivo, mas o contrário é o que acontecia sempre. Parecia que o exame cada vez mais profundo da atuação deletéria das teorias sociais democráticas nas suas aplicações servia apenas para tornar ainda mais firmes as decisões dos judeus.
V
À proporção que me aprofundava no conhecimento da doutrina marxista e me esforçava por ter uma idéia mais clara das atividades do marxismo, os próprios acontecimentos se encarregavam de dar uma resposta àquelas dúvidas.
VI
A doutrina judaica do marxismo repele o princípio aristocrático na natureza. Contra o privilégio eterno do poder e da força do indivíduo levanta o poder das massas e o peso-morto do número. Nega o valor do indivíduo, combate a importância das nacionalidades e das raças, anulando assim na humanidade a razão de sua existência e de sua cultura. Por essa maneira de encarar o universo, conduziria a humanidade a abandonar qualquer noção de ordem. E como nesse grande organismo, só o caos poderia resultar da aplicação desses princípios, a ruína seria o desfecho final para todos os habitantes da Terra.
VII
A atual Democracia do ocidente é a precursora do marxismo, que sem ela seria inconcebível Ela oferece um terreno propicio, no qual consegue desenvolver-se a epidemia. Na sua expressão externa - o parlamentarismo - apareceu como um mostrengo "de lama e de fogo", no qual, a pesar meu, o fogo parece ter-se consumido depressa demais.
VIII
Não sei qual seria hoje a minha atitude em face do judaísmo, da social-democracia, de tudo o que se entende por marxismo, por questão social, etc., se a força do destino, naquele primeiro período de minha vida, não me tivesse dado um fundamento de opiniões formado pela experiência pessoal.
IX
Fiz também um profundo estudo das ligações do marxismo com o judaísmo.
X
No meu íntimo eu estava descontente com a política externa da Alemanha, o que revelava ao pequeno circulo que meus conhecidos, bem como com a maneira extremamente leviana, como me parecia, de tratar-se o problema mais importante que havia na Alemanha daquela época - o marxismo.
XI
Nos anos de 1913 e 1914 manifestei a opinião, em vários círculos, que, em parte, hoje estão filiados ao movimento nacional-socialista, de que o problema futuro da nação alemã devia ser o aniquilamento do marxismo.
XII
O pior era que esse veneno destruía quase insensivelmente os fundamentos de uma sadia concepção do Estada e da economia, insensivelmente os fundamentos de uma sadia concepção do Estada e da economia, sem que os por ele atingidos se apercebessem de que a sua maneira de agir, as manifestações da sua vontade já eram uma conseqüência destruidora do marxismo.
XIII
Eu conhecia o bastante sobre a psicologia das grandes massas para saber que com sentimentalismo estético não se poderia manter aceso esse ardor cívico. No meu modo de ver, era rematada loucura não atiçar o fogo dessa paixão. O que eu ainda menos compreendia é que se procurasse destruir o entusiasmo existente. O que me irritava também era a atitude que se tomava em relação ao marxismo.
XIV
Foi tolice rematada identificar o trabalhador alemão com o marxismo, nos dias de agosto de 1914. O trabalhador alemão tinha-se livrado, justamente naquela época, desse veneno.
XV
O marxismo, cuja finalidade última é e será sempre a destruição de todas as nacionalidades não judaicas, teve de verificar com espanto que, nos dias de julho de 1914, os trabalhadores alemães, já por eles conquistados, despertaram, e cada dia com mais ardor se apresentavam ao serviço da pátria.
XVI
Por isso é que até então tinha fracassado a luta contra o marxismo.
XVII
Confiando o destino de sua guerra ao marxismo à complacência da democracia burguesa, o chanceler de ferro queria fazer da ovelha, lobo.
XVIII
Entretanto, tudo isso era a conseqüência forçada da falta de um princípio geral básico e de grande poder conquistador que fosse oposto ao marxismo.
XIX
Não obstante, ele mostra a pequena capacidade de raciocínio dos nossos chamados intelectuais, quando, justamente nesses círculos, não se compreende que um estado de coisas, o qual não pode evitar o desenvolvimento de uma calamidade como o marxismo, agora não está mais em condições de reconquistar o perdido.
XX
A finalidade Intima do marxismo, isto é, a mistificação dos povos, teria sido atingida. A destruição da economia nacional, em beneficio do capital internacional, é um fim que foi atingido graças à tolice e à boa fé de um lado e a uma covardia inominável do outro.

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2019

Prosa no Sarau II


UMA NOVA ÁGORA EM TODA CIDADE

José Aristides da Silva Gamito

Ainda aprendemos o valor da presença quando alguém se ausenta definitivamente. Por que não valorizamos o tempo que temos com os outros? Partilhar o tempo é a face mais terna do cuidado. Em Atenas, na Antiga Grécia existia a Ágora. Era um mercado onde a cidade toda se reunia para colocar a conversa em dia. Ali também ventilavam as novas ideias. O filósofo Sócrates ensinou naquela praça. Paulo de Tarso também disseminou o cristianismo naquele lugar dos encontros. O que precisamos inaugurar em toda cidade é uma ágora. Precisamos de um lugar de encontro. Não temos o costume de nos encontrar. Apenas dividimos espaço no trabalho, nos esbarramos na igreja ou topamos na rua. Mas, encontro mesmo é coisa rara!
Que tal tirarmos um tempo para nos encontrar? Para jogar conversa fora, partilhar versos e canções. E saber de coisas boas da vida do outro. A fofoca não! Coisas boas! Vamos adotar a cultura do encontro. Quem sabe assim nos tornamos mais humanos e valorizamos a transitoriedade da vida?! Lembre-se de que o tempo é a face mais terna do cuidado, e não há cuidado sem encontro. Portanto, nos encontremos com a vida em versos, tons, movimentos, formas, texturas e cores! Celebremos a arte das artes: A vida.




Conceição de Ipanema, 26 de janeiro de 2019.



Prosa no Sarau I


O NASCIMENTO DA PALAVRA E DAS ARTES

José Aristides da Silva Gamito

No princípio havia somente o silêncio e as formas inertes. O abismo contemplava a possibilidade, mas nada cantava, nada dançava, nada compunha. A natureza não podia gemer seus ais e nem celebrar as suas alegrias. Mas até que um dia alguém disse um: “Faça-se a luz”. E tudo se iluminou. Um Hermes, o deus mensageiro, tomou a palavra e a disseminou nos quatro cantos do universo. Assim se fez festa.
Primeiro, nasceu a palavra. “No princípio era a Palavra”. Depois veio a arte. Mas quem veio primeiro? Já não sei exatamente. Quando se proferiu o primeiro sussurro, já existiam artes. Não podemos negar. Mas foi justamente a palavra que fez anunciar: Existe Arte! Depois disso, as luzes se acenderam, houve canto, dança poemas, pinturas, esculturas e letras. Não é que uma das coisas mais intrigantes do começo desta história é que as palavras se aninharam em rolos de pergaminhos, em amarrios de códices?!
Há muitos homens e mulheres da palavra: os profetas, os poetas, os radialistas. Assim como há muitas mulheres e homens da arte: escultores, pintores, desenhistas, cineastas. Há um deus da palavra, há um deus da arte. O lógos e a téchne, portanto, criaram o mundo. E eles podem transformar também o mundo. Para isso, basta você tomar seu lápis e numa folha qualquer desenhar um sol amarelo! De um pingo de tinta, de um verso, você pode viajar pelos continentes e se perder na imaginação. Abra, então, as cortinas do palco e deixe arte acontecer, deixe a palavra fluir. Bem-vindo!

Conceição de Ipanema, 15/12/2018 – 1º Sarau Cultural.

quarta-feira, 2 de janeiro de 2019

O risco do esquecimento do pobre na consolidação de uma era bolsonarista

José Aristides da Silva Gamito

Foto: BBC.

Nos tempos atuais, falar de política parece mais uma questão de preferência afetiva por uma determinada posição ideológica do que uma opção pela verdade. Embora, cada um dos pólos direita/esquerda queira estar com a verdade.  A verdade está longo disso. Portanto, falar de certo ou errado nestes debates acalorados depende de equilíbrio e de autocrítica.
Particularmente, não acredito em nenhuma ideologia política salvadora, libertadora. Apenas confio mais naquelas que são capazes de dialogar e de incluir maior número de pessoas como beneficiárias dos bens que a política deve proporcionar a todos. Deveria haver menos polarização política e mais absorção de pontos positivos e comuns. A rivalidade empobrece as relações. A colaboração mútua entre os políticos deveria ser uma prática comum, mas, é claro que, a ambição do controle do poder impede isso.
Há muitas conquistas sociais dos governos FHC, Lula e Dilma que não podem ser reduzidos a questões ideológicas. A rotulação de posturas ou de medidas políticas de um adversário político totalmente como ideologia é sem sentido. Uma insistência em “passar o país a limpo” pode significar reformas de modo predatório. Ao longo da nossa jovem democracia, o país foi ampliando o conceito de direitos humanos, direitos sociais, igualdade. Essas contribuições vieram de diferentes segmentos sociais e políticos. E são valores compartilhados pelas grandes democracias. Não é propriedade da esquerda.
O politicamente correto, a ênfase na diversidade de gênero e outras reivindicações do direito das pessoas incomodam os mais conservadores. Essas reivindicações culturais e sociais provocam, exigem espaço. Às vezes, extrapolam na forma de reivindicar. Mas os contrários também o fazem. E qualquer cristão conservador tem o direito de achar que não deveria ser bem assim. Acho que em ambas partes faltam o diálogo e a definição de espaços, de procedimentos de convivência mútua.
Porém, o que mais temo é que a “demonização” do socialismo leve a rotulação preconceituosa e precipitada das políticas públicas e de tantas conquistas dos brasileiros. Toda transição tem seus riscos. O governo Bolsonaro vai precisar de sabedoria e não tem outra forma de fazer, sem dialogar com a sociedade organizada. Nesta era, temo o esquecimento do discurso sobre o pobre, mesmo com o risco eleitoreiro e populista do petismo, foram estabelecidos meios de ouvir e de promover o pobre. Isso não mérito exclusivo do petismo, estas aberturas começam com o governo FHC.
Se a categoria do “pobre” enquanto discurso reconhecido pelo Estado for extinta, muitos outros espaços sociais, as igrejas, tudo pode subestimar qualquer apelo em favor de políticas igualitárias. Na era pós-socialista, estes discursos foram bastante esquecidos, foram utilizados mais como reforço ideológico para o populismo. Este é o grande risco do programa de desmonte do “socialismo” (socialismo este que não acredito que exista no Brasil como foi enfatizado nesta campanha eleitoral). Reafirmo isto porque a defesa do pobre e do marginalizado não é propriedade do PT e nem de qualquer partido de esquerda. Este discurso anti-socialismo poder se tornar uma desculpa para a não-inclusão social que já é desejada latentemente por muitos grupos deste país. Fiquemos atentos!