POEMA
DO PÉ
Eu
sou o pé,
Meu
nome é Zé Perequeté,
Meu
trabalho é muito puxado,
Além
de sustentar o corpo,
Carrego
corpo leve e pesado.
Vida
de pé é sofrida demais,
Gosto
muito de descanso e de banho,
Quando
não me lavam fico com chulé,
Quando
eu me canso, preciso
de
um aconchego que se chama escalda pé.
Tem
gente que me trata bem,
Tem
gente que se esquece de mim,
Ando
descalço por aí e pego bicho-de-pé,
Quando
sinto dor, gosto de massagem como cafuné.
Sinceramente,
reclamo quando falam bicho-de-pé,
Pé
não é lugar desse bicho parasita.
Sabe
do que eu mais gosto? É de noite fria!
Quando
me põem uma meia quentinha e bem macia.
Este
é o poema do pé
que
se chama Zé Perequeté.
Não
é porque é o pé do Zé,
é
o pé de qualquer um que gosta de cafuné e escalda pé.
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