segunda-feira, 21 de março de 2011

Literatura e Poesia:

ENTRE O SONO E A VIGÍLIA


Desde os 8 anos que gosto de compor poemas, produzi muito; passei por uma fase de descrédito e apatia; mas, voltei a acreditar que a poesia é uma linguagem fascinante.
 
"Nem tudo o que parece, é o que aparenta ser".

Já não tenho mais ilusões,
Já fui curtido pelas tragédias,
Mas como é doce se iludir,
E pensar que há vida sem dor!

Às vezes, fecho os olhos e acredito em fadas,
Mas em segundos minha razão se recobra
E me lembra que estou no mundo, no Brasil,
E que a dor que me dói é real.

Já parei para pensar em milagres,
Para considerar os discursos dos profetas,
Mas tudo era abstração e mera abstração.

Hoje dizem que sou “seco”, digo que sou real,
Se não tenho mais ilusões,
Não significa que não tenho mais esperança
E que não amo mais,
Apenas amo com a exata medida do amar
E não tenho mais medo de me ferir.

José Aristides da Silva Gamito
Conceição de Ipanema, 14/03/2011

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