terça-feira, 29 de março de 2011

Tempos de Poesia:

RITMO DE UMA MANHÃ

 José Aristides da Silva Gamito


As manhãs entre nós
Não terão o mesmo sabor, nem o mesmo som;
As canções não atingirão o mesmo tom
Deste instante que não sairá da minha mente.

É tão difícil falar... Às vezes, prefiro o silêncio.
Minha voz se perde dentro da multidão,
São tantos murmúrios e vãs opiniões.
Sempre o ideal fica pra trás,
O real não se atinge jamais.

O justo morre na cruz,
Enquanto, o corrupto se deleita frente aos holofotes.
Não importa seu título, sua razão,
Amar é mais... A vida é sacrossanta.
Filosofar é despertar de um sono pesado
À base de entorpecentes aristocráticos.

Quando amanhece e de ressaca se padece,
É que a gente vê o ritmo da vida na manhã,
Não vale a pena ceder à voracidade do mal,
Morrer não é normal. Tenho sede de vida!
De vida bem vivida em paz e justiça,
Além do bem e do mal!


Conceição de Ipanema, 29 de março de 2011

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