quarta-feira, 5 de setembro de 2007

Canto da Saudade

Saudade é uma fera
Quem ama tem de ser domador
Ela não espera
Exige a presença do amor
Ignora distância e espaço
Dor que se cura com abraço!

É um querer que passado e presente se fundam
Que o tempo e o espaço sejam lenda
E a companhia e a ausência se fundam
E jamais se perca a prenda!

Saudade é marca de uma presença
Que não tolera ausência demorada
Magnetismo que não pede licença
Para fundir o amado à amada

As tardes reclamam um aconchego
As noites forjam uma lembrança
As manhãs sugerem um inebriante apego
E lá se vão os dias de reclames...
Até um próximo reencontro

Na presença és êxtase, minha amada!
Na distância és saudade
Tuas carícias são meu sustento
Na busca de vias de felicidade
Em ti me contento
Torno-me todo humano, todo gente!

Tu, motivo de minhas gargalhadas
Ímpeto de meus arrepios
Quando as barreiras forem ultrapassadas
Jorrarão como rios
As lágrimas que banharão nossa constante
Presença num perene pertencer ao outro.

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