José Aristides da Silva
Durante os primeiros séculos da Igreja um dos grandes desafios encontrados foi o surgimento das heresias. Os pais da Igreja se esforçaram tremendamente para que a fé fosse transmitida com fidelidade. Porém, o cristianismo primitivo foi se construindo a partir do contato do Evangelho com as diversas culturas do mundo antigo. Os cristãos provenientes do meio filosófico e de religiões mistéricas tendiam a interpretar os princípios da fé a partir de sua visão de mundo.
A dificuldade doutrinal foi explicitar coerentemente a identidade de Jesus. Houve muitas propostas e discussões. Surgindo, assim, os desvios de doutrina chamados de heresias cristológicas. Essas questões foram resolvidas em concílios. Hoje essas heresias persistem de outras formas. E quando se pergunta sobre a identidade de Jesus o problema reaparece.
O que se observa nas igrejas e movimentos pentecostais é uma despersonalização de Cristo. Flagrantes de pregações e de programas de TV nos sugerem que Jesus é definido segundo critérios de âmbito psicológico, financeiro e clínico. As visões cristológicas contemporâneas se afastam consideravelmente da tradição bíblica e são afirmações impactantes como “Jesus é a solução”. O padre e o pastor apresentam Jesus a partir da carência do fiel. Para se converter é necessário ter problemas financeiros, de saúde ou passionais. A função de Jesus é responder e solucionar os males daquele que crê. A sua personalidade é colorida segundo a praticidade, seu aspecto ontológico se perde. Jesus não é mais assumido como o Filho de Deus, está mais para super-homem. O slogan do cristão que defende essas heresias é “Jesus tem poder”.
Essas constatações nos impulsionam a uma revisão de método de evangelização. As influências do mercado nos fazem sacrificar a identidade do Filho de Deus. Ele é apresentado segundo princípios do marketing como um produto de excelente qualidade. E que soluciona todos os problemas do ser humano. Uma visão utilitarista de Deus e pessimista de homem. Deus existe para servir o homem na superação de suas limitações e o homem precisa estar decadente e ameaçado para buscar a divindade. A personalidade de Jesus se encontra fragmentada e presa a interesses de ordem prática. Quando se diz que “Jesus é tudo”, corre-se o risco de reduzi-lo a nada.
As pregações e a catequese não podem desgrudar o olho da Bíblia e da Tradição. A tarefa religiosa de nosso tempo é indubitavelmente redescobrir Jesus. A síntese da fé cristã formulada no Credo professa: “Creio em Jesus Cristo, seu único Filho, nosso Senhor “ e seus desdobramentos.
Jesus Cristo possui todas as dimensões da pessoa humana, mas é único e não pode ser confundido com uma expressão vaga sem compromisso histórico. Não tem como pregar um Cristo versátil, multicolor e com personalidade cambiante sem desviar da fé ortodoxa. A fé tem uma fórmula própria, transmitida, que reflete um mistério ímpar. Portanto, é preciso redescobrir Jesus com os pés na história para que não se caia em heresias hodiernas tais como as do Jesus terapeuta, financista e clínico.
Durante os primeiros séculos da Igreja um dos grandes desafios encontrados foi o surgimento das heresias. Os pais da Igreja se esforçaram tremendamente para que a fé fosse transmitida com fidelidade. Porém, o cristianismo primitivo foi se construindo a partir do contato do Evangelho com as diversas culturas do mundo antigo. Os cristãos provenientes do meio filosófico e de religiões mistéricas tendiam a interpretar os princípios da fé a partir de sua visão de mundo.
A dificuldade doutrinal foi explicitar coerentemente a identidade de Jesus. Houve muitas propostas e discussões. Surgindo, assim, os desvios de doutrina chamados de heresias cristológicas. Essas questões foram resolvidas em concílios. Hoje essas heresias persistem de outras formas. E quando se pergunta sobre a identidade de Jesus o problema reaparece.
O que se observa nas igrejas e movimentos pentecostais é uma despersonalização de Cristo. Flagrantes de pregações e de programas de TV nos sugerem que Jesus é definido segundo critérios de âmbito psicológico, financeiro e clínico. As visões cristológicas contemporâneas se afastam consideravelmente da tradição bíblica e são afirmações impactantes como “Jesus é a solução”. O padre e o pastor apresentam Jesus a partir da carência do fiel. Para se converter é necessário ter problemas financeiros, de saúde ou passionais. A função de Jesus é responder e solucionar os males daquele que crê. A sua personalidade é colorida segundo a praticidade, seu aspecto ontológico se perde. Jesus não é mais assumido como o Filho de Deus, está mais para super-homem. O slogan do cristão que defende essas heresias é “Jesus tem poder”.
Essas constatações nos impulsionam a uma revisão de método de evangelização. As influências do mercado nos fazem sacrificar a identidade do Filho de Deus. Ele é apresentado segundo princípios do marketing como um produto de excelente qualidade. E que soluciona todos os problemas do ser humano. Uma visão utilitarista de Deus e pessimista de homem. Deus existe para servir o homem na superação de suas limitações e o homem precisa estar decadente e ameaçado para buscar a divindade. A personalidade de Jesus se encontra fragmentada e presa a interesses de ordem prática. Quando se diz que “Jesus é tudo”, corre-se o risco de reduzi-lo a nada.
As pregações e a catequese não podem desgrudar o olho da Bíblia e da Tradição. A tarefa religiosa de nosso tempo é indubitavelmente redescobrir Jesus. A síntese da fé cristã formulada no Credo professa: “Creio em Jesus Cristo, seu único Filho, nosso Senhor “ e seus desdobramentos.
Jesus Cristo possui todas as dimensões da pessoa humana, mas é único e não pode ser confundido com uma expressão vaga sem compromisso histórico. Não tem como pregar um Cristo versátil, multicolor e com personalidade cambiante sem desviar da fé ortodoxa. A fé tem uma fórmula própria, transmitida, que reflete um mistério ímpar. Portanto, é preciso redescobrir Jesus com os pés na história para que não se caia em heresias hodiernas tais como as do Jesus terapeuta, financista e clínico.
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