quarta-feira, 5 de setembro de 2007

Os fóruns sociais e a emergência da solidariedade

Ao abordar superficialmente a situação a situação do nosso mundo, temos inúmeros razões para dispensar a esperança. Uma das razões é o desaparecimento daquela febre social dos anos 60 e 70 e até o início dos anos 80. Mas semente ainda permanece. Porém ao descermos com atenção na contemporaneidade percebemos motivos para a nossa esperança. Iniciativas sociais isoladas representam uma nova forma de protestos com a emergência da solidariedade, índice de uma nova ordem.O que turva a nitidez da nossa visão é a morosidade e a desarticulação aparentes desses movimentos. A atual fase do protesto social tem características bem diversas das anteriores. A anterior era muito eufórica, radical, desligada do possível, pouco diálogo, menos debatida, isso prejudicava a sua eficiência. Já a atual conta com muitas vantagens, frutos das experiências anteriores, são organizadas, dissociadas de partidarismo e abertas ao diálogo. Fatores que possibilitaram o seu enfrentamento com a ordem vigente de igual para igual.Uma das maiores expressões desta nova maneira são os fóruns sociais. O fórum social é um evento definido por um comitê organizador mundial que determina princípios e temas a serem discutidos. Ele se torna a voz e vez de todos outros movimentos sociais. Um espaço aberto a todos. No evento acontecem seminários, oficinas, exposições e conferências. O seu berço foi Porto Alegre, desde a sua primeira edição cresce assustadoramente.Como mencionei acima, os fóruns representam uma nova fase do protesto social, uma nova ordem e a emergência da solidariedade internacional. Está emergindo a medida mais desafiante e ao mesmo tempo mais eficaz contra as seqüelas desumanas do capitalismo: a solidariedade. As barbaridades cometidas em favor do lucro provocaram a evidência de um sentimento muito antigo na humanidade. Mas, que irrompeu agora impulsionado pela necessidade de maneira nunca vista. Estamos entrando numa era em que a solidariedade está rompendo timidamente com a exclusão capitalista. Eis a esperança! Esta solidariedade tende a crescer e se tornar autêntica e a salvação para o humanidade da mania de destruição que ela mesma criou.

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